REFLEXÕES
O site PremRawat.com publica mensalmente reflexões de pessoas por todo o mundo que estão a apreciar os benefícios da prática das técnicas do Auto-Conhecimento, ensinado por Prem Rawat — um método simples para direcionar a nossa atenção do mundo exterior para um lugar de paz interior. Cada reflexão individual é única, baseada na experiência de vida de cada pessoa.
imagem: premrawat.com
Scott Enright residente em Hollywood, Califórnia. |
O Melhor de Dois Mundos
25 de Agosto de 2023 (tradução do texto original de https://www.premrawat.com/the-best-of-both-worlds/) Recentemente Prem Rawat publicou um livro chamado Ouve a Tua Voz – Como Encontrar Paz no Ruído do Mundo. Só o título diz-me imenso, porque vivo em Los Angeles no meio de um Hollywood incrivelmente agitado. Seria um enorme eufemismo dizer que estou rodeado por muito ruído. Painéis publicitários, carros luxuosos, influenciadores das redes sociais e numerosos turistas — além de uma agenda de trabalho agitada — não refletem exatamente o tipo de quietude, paz e contentamento que sei que residem dentro de mim. Hoje em dia reflito frequentemente sobre os momentos da minha vida em que vivi muito mais perto da Natureza. Cresci na zona rural de Massachusetts e mais tarde mudei-me para lugares mais bonitos na Califórnia, como Malibu, Topanga e Ventura, onde vivia cercado pelas paisagens e sons relaxantes do oceano e das montanhas. A busca por mais “sucesso” na minha vida acabou por me levar ao coração frenético da cidade. Ironicamente, agora contemplo com mais frequência a tranquilidade que ficou para trás. Suponho que o ditado “a galinha da vizinha é mais gorda do que a minha” faz ainda mais sentido para mim, agora. Felizmente, o que aprendi com Prem Rawat continua a ser uma âncora, lembrando-me a cada dia que apesar de todo o ruído à minha volta, ainda posso experimentar a quietude que procuro, simplesmente praticando as técnicas do Auto-Conhecimento para me focar na paz dentro de mim. Talvez seja o melhor de dois mundos. |
imagem: premrawat.com
Madeleine McCrae residente em Sydney, Austrália. |
Saber
11 de Setembro de 2023 (tradução do texto original de https://www.premrawat.com/knowing/) Só posso escrever sobre a minha própria experiência. Nasci na Austrália em 1953, portanto, vamos viajar no tempo. Desde que me lembro, eu tinha uma sede bem dentro de mim. Por volta dos cinco anos de idade, enquanto estava deitada na cama à noite, tentando dormir, sentia uma enorme vontade de correr para a cozinha e perguntar à minha mãe: “Mãe, quem sou eu, o que sou, o que é isto?” A minha mãe, que estava a ter finalmente um momento de paz, respondia: “Tu és Madeleine McCrae, és minha filha, e agora vais dormir!” Após cerca de quatro tentativas, percebi que ela obviamente não tinha a resposta para tal pergunta e que eu deveria descobrir por mim mesma. Em sua defesa, ela tinha as respostas para tudo o resto. Eu cresci nos anos 60 e 70, na era hippie, envolvida pela melhor música e imensas oportunidades para uma rapariga como eu deambular e procurar a liberdade. Sim, eu era uma hippie. Também participei no musical de rock mais invejado da época, HAIR. Embora fosse supostamente bonita e talentosa o suficiente para conseguir muitas oportunidades de carreira, o meu coração ainda estava determinado em encontrar o meu verdadeiro eu, a minha conexão pessoal e interna com essa energia, essa divindade interior. Eu sabia que deveria existir, pois ansiava por isso. Muitos da minha geração pensavam o mesmo. Eu morava em Amsterdão aos 19 anos, mas decidi ir naquele autocarro hippie, por terra, até à Índia. Pensei que poderia encontrar ali o meu professor, alguém capaz de revelar a resposta ao meu anseio. Saberia qual a aparência do professor? Saberia reconhecer o professor e a experiência? Eu sabia que a minha mente não fazia ideia, mas também sabia que o meu coração iria saber. Depois de procurar durante muitos meses na Índia, recebi uma carta da minha irmã que estava na Austrália a estudar medicina. Ela escreveu apenas isto: “Quando quiseres saber do que se trata, basta encontrares Prem Rawat”. Confiei totalmente nela e segui descalça até Haridwar, onde tinha ouvido dizer que ele tinha uma casa. Quando cheguei deixaram-me lá ficar, embora Prem tivesse já partido para o Ocidente, embarcando na sua jornada de divulgação do Auto-Conhecimento pelo mundo. Estive em Haridwar durante seis semanas até que me mostraram as técnicas de como direcionar os sentidos e a atenção para dentro de mim, para o que já está lá. Prem chama-lhe “Conhecimento”. Para mim a experiência que tenho, praticando o Conhecimento, é como o leme de um barco, o meu lugar de descanso, o abrigo das dualidades da vida, a minha verdadeira casa que está sempre comigo, que me acompanha sempre. Pratico essas técnicas simples há 50 anos e o meu amor e gratidão por essa dádiva cresce diariamente. Quando me aprofundo no meu mundo interior praticando as técnicas do Auto- Conhecimento, sou reabastecida por um amor que é gentil e abrangente. Na verdade, é um caso de amor com o Divino dentro de mim — um caso que pode durar até ao meu último suspiro. Saber como ir dentro e deliciar-me com essa profunda experiência ensinou-me muitas lições. Agora sou mais capaz de largar as prisões conceptuais que mantenho na minha mente. Tenho maior capacidade de ser simples e amar incondicionalmente, sem julgamento e apego. Praticar o Conhecimento deu-me a capacidade de estar plenamente no momento. Já não sinto falta da beleza do que se desenrola diante dos meus olhos. Dentro de mim encontrei a verdadeira liberdade. Tudo o resto muda. A energia interior é a única constante. As palavras são realmente inadequadas para tentar descrever os benefícios de experimentar pessoalmente o mundo interior. Tudo o que quero e preciso está a aguardar pacientemente dentro de mim, à espera que eu volte para casa para mim mesma. |